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11-12-2008

Alguns destes negócios carecem de muitas explicações


Editorial - A necessidade da clareza

"A promiscuidade entre a política e os negócios pode ser perfeitamente legal, mas pode matar um regime."

António Barreto, Público, 7 de Outubro de 2008.

Esta frase do conhecido cientista social e cronista parece caber como uma luva nos últimos acontecimentos. Os negócios privados parecem ter invadido a política ou vice-versa. Os protagonistas são políticos mais ou menos em actividade e alguns desenterrados esqueletos muito mal guardados nos armários da política.

Alguns destes negócios carecem de muitas explicações, como o caso da recente "ajuda" aos accionistas do Banco Privado Português. Para salvar uns quantos investidores, que apostavam em mercados de grande risco, o Estado garante um empréstimo ao BPP sem que ninguém tenha percebido se os activos (edifícios, colecções de arte, etc.) valem mesmo o que dizem e não se transformam em activos "tóxicos". Questiono se o banco fosse de um qualquer Zé Portugal as medidas do Governo seriam tão generosas.

Agora surge um outro caso bem recente: os das pirites alentejanas; aparentemente é um sucesso. O governo impede o fecho de uma exploração mineira e salva assim os postos de trabalho. Só não entendo é porque ainda em Março a Lunding Mining ajustou com o governo investir 130 milhões de euros em Aljustrel para iniciar a produção das minas e promover o emprego a 220 postos de trabalho directos mas, passados apenas sete meses e depois das quedas nos preços das matérias-primas, a empresa desiste do investimento. O ministro Pinho aprova em tempo recorde a salvação das minas com tomada de posição da empresa de que, por simples acaso, o ex-ministro socialista Jorge Coelho é o director executivo.

Nestas coisas quase nunca há coincidências e, a bem de Portugal, estes processos deveriam ser absolutamente transparentes. Como é evidente, em ambos existe muita coisa para descobrir e explicar. Como disse um outro político, noutro tempo e onde também houve destas misturas: [Oliveira Salazar]: ‘em política, o que parece é’.

António Granjeia*
Director do Jornal da Bairrada


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